sábado, maio 21, 2011

Historia da dança- Valsa

Valsa é um tipo de dança clássica, embora sua origem tenha sido campestre. A valsa surgiu na Áustria e na Alemanha, no inicio do século XIX inspirada em danças como o minueto (dança na qual os pares dançavam separados) e o laendler (dança campestre, na Alemanha). Importante pontuar que a valsa surgiu primeiramente como uma dança, sendo posteriores as composições das valsas como música.

A palavra “valsa” tem origem na palavra alemã “waltzen”, que traduzida quer dizer “dar voltas”.
Diz-se que a valsa é uma dança de compasso ternário, ou seja, tem três tempos, sendo o primeiro tempo forte e os demais fracos.
A princípio, a valsa era vista como vulgar, e até imoral, pelas classes sociais mais altas, e pela aristrocacia. Em alguns países europeus (na corte alemã e partes da Inglaterra) a valsa foi proibida, tamanho era o preconceito. Nas camadas populares, a dança ganhava cada vez mais adeptos.
Quando Napoleão Bonaparte foi derrotado, em 1815, foi realizado na Áustria o Congresso de Viena, que reuniu a nobreza e os políticos de diversos países, com o objetivo de restabelecer os laços entre os países europeus. Nessa ocasião, o músico austríaco Sigismund Neukomm, introduziu a valsa entre a nata da sociedade européia, o que garantiu, a partir de então, a presença desse tipo de dança nos palácios e cortes em todo o mundo. Surgiram então algumas diferenças entre a valsa original, a vienense, e outras que nela se originaram, como a valsa inglesa.
O mesmo músico, Sigismund Neukomm, veio ao Brasil em 1816, para ser professor de D. Pedro I, ao qual ensinou composição e harmonia, e da Princesa Leopoldina, a quem ensinou piano. A valsa vienense, introduzida então no Brasil, fez sucesso não só entre a nobreza, mas em todas as classes sociais, dando origem, inclusive, a outros ritmos, como as populares serestas. Historiadores encontraram no diário de Neukomm, indícios de que as primeiras valsas compostas no Brasil foram de autoria de D. Pedro I.
O maior compositor de valsas, considerado o “rei das valsas” foi o vienense Johann Strauss II. Dentre suas obras primas, destaca-se o Danúbio Azul. Outros músicos de renome internacional, como Weber, Chopin, Ravel e Brahms têm valsas em seus repertórios.
A valsa é encontrada no repertório de alguns compositores brasileiros, como Villa Lobos, Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga, entre outros.
Ainda hoje, no Brasil, dançar valsa é uma tradição insubstituível em bailes de debutantes, formaturas e casamentos.

Historia da dança- Tango

O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.
Numa fase inicial era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar letras picantes e bem humoradas para as musicas mais conhecidas, mas não eram, por assim dizer, letras oficiais, feitas especificamente para as músicas nem associadas definitivamente a elas.
Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar. Mais tarde, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, principalmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade.

Historia da dança- Sapateado

Uma das hipóteses mais aceitas sobre o surgimento do sapateado é que ele tenha surgido na Irlanda, no século V, onde os camponeses que lá viviam usavam sapatos com o solado de madeira, que ajudavam a aquecer os pés. Esses solados faziam muito barulho ao contato com o chão. Os camponeses começaram, então, a brincar com esses sons, contruindo ritmos. Na época, a dança era conhecida como Irish Jig.
      Com a Revolução Industrial, o sapateado ganhou novos adeptos. Os operários ingleses usavam os sapatos de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Durante os intervalos de trabalho, eles brincavam com os pés, criando diferentes ritmos. Essa dança era conhecida por lá como Lancashire Clog. Mais tarde os tamancos de madeira foram substituídos por moedas de cobre presas a sapatos de couro.
      As danças africanas, que uniam o trabalho dos pés a sofisticados movimentos de corpo também influenciaram o sapateado.
      Mais tarde, africanos e europeus, a caminho das Américas, trocaram experiências. Enquanto os Europeus centravam toda a sua atenção ainda nos pés, os negros já dançavam muito com o corpo e descalços.
      Mas foi na América que o sapateado começou a se popularizar. Entre 1909 e 1920 os EUA foram assolados por uma febre de dança, onde criou-se o fox trot e o turkey trot, entre outros. Começaram a surgir os sapatos com chapinhas nas solas e, no início da década de 20, o espetáculo “Shuffle Along” revolucionou os palcos da Broadway, dando início ao que hoje chamamos de Sapateado Americano. Foi a primeira apresentação de uma “chorus line” onde 16 bailarinas executavam a mesma coreografia. Em 1933, Fred Astaire fazia seu primeiro filme “Dancing Lady” e, junto com Ginger Rogers, Gene Kelly, Ann Miller e outros, criava a era dos grandes musicais.

O sapateado no Brasil

O sapateado é uma arte que vem sendo bastante difundida no Brasil. A demanda por aulas cresce todo dia, surgem academias especializadas, sua popularidade nos festivais de dança está em alta, grupos e companhias estão se profissionalizando e a mídia está abrindo cada vez mais espaço. É importante notar que essa tendência não é restrita ao tradicional eixo cultural Rio-São Paulo, mas passa por cidades do país inteiro, onde o sapateado está ganhando espaço e qualidade.
      Contudo, o sapateado é um fenômeno relativamente recente no Brasil e ainda tem um longo caminho pela frente. O grande obstáculo ao seu desenvolvimento foi a falta de tradição e as dificuldades que os professores encontravam para obter informações e material didático. Na disciplina do ballet clássico, o Brasil beneficiou-se da imigração de grandes mestres como Maria Olenewa, Tatiana Leskova e Eugenia Feodorova. O sapateado não teve essa chance. Os mestres consagrados, pessoas que conheciam por experiência própria a história do sapateado e que carregavam um conhecimento profundo do seu potencial, ficaram nos Estados Unidos ou na Europa.
      Tendo em vista essa ausência, é extraordinário que o sapateado tenha se desenvolvido tanto por aqui. Isso é resultado da grande dedicação dos professores locais que não pouparam esforços para levar adiante essa arte no Brasil, fazendo viagens de reciclagem, divulgando, trocando conhecimentos e passando-os adiante.
      Era até mesmo previsível que, com o desenvolvimento do sapateado no Brasil, este viesse a se tornar mais versátil, incorporando ritmos musicais da nossa cultura como o samba, a bossa nova, a chula e o xaxado, sem nos prender à convenção do sapateado tradicional. Criamos combinações de passos e sons que outras culturas não estão acostumadas a ver, como sambar sapateando. A técnica usada nos pés vem do sapateado americano, mas os ritmos são brasileiros e a movimentação é inspirada nas danças com raízes populares. Isso envolve o conhecimento, o uso e a adaptação de passos tradicionais da dança brasileira e o respeito da sua essência e ginga.
      Na nacionalização do sapateado, se destaca Valéria Pinheiro, uma cearense que mora atualmente em Fortaleza. Filha de um dançarino de xaxado, com quem aprendeu seus primeiros passos, está há anos pesquisando os ritmos do Nordeste e desenvolvendo uma linguagem muito própria no mundo do sapateado brasileiro.
 

Historia da dança- Jongo

O jongo é uma dança do tipo geral
batuque angolês, com coreografia de roda, seja de solista ou par ao centro
ou em movimento circular, de homens e mulheres indistintamente. O
acompanhamento, só de percussão, é feito por um tambor maior, chamado tambu
ou também caxambu, e outro menor, denominado candongueiro, com a presença
indispensável de cuíca e de guaiás (chocalhos). O tambor grande - caxambu -
estendeu o significado também à própria dança do jongo, que em alguns
lugares é chamada de caxambu. Não se admite no jongo a umbigada tradicional,
considerada pelos jongueiros falta de respeito, substituída por uma elegante
reverência à distância. Ultimamente, têm-se visto violões e cavaquinhos no
acompanhamento e alguns conjuntos de jongo usam até instrumentos de sopro em
apresentações de caráter comercial. O canto é repetido sobre um texto em
verso tirado por um dançador e repetido, em forma de antífona. Esse texto,
chamado ponto, é cantado várias vezes e pode conter um enigma. Em tal caso,
é repetido até que alguém o "desamarre", isto é, decifre o significado
oculto. A inexistência de textos de sentido simbólico, que dá às palavras
uma semântica peculiar aos jongueiros, parece ter tido origem durante a
escravidão, quando os negros necessitavam transmitir informações
indecifráveis pelos senhores. Alguns desses pontos são de original e rara
beleza, como o seguinte, colhido e interpretado pela folclorista Maria de
Lourdes Borges Ribeiro: "Água com areia Não pode combiná Água vai embora
Areia fica no lugá" Interpretação: Água: fazendeiro novo, inexperiente, sem
prestígio político, que fracassa em seus negócios. Areia: Proprietário
antigo, poderoso, forte, que domina o município. Os pontos recebem
denominações diferentes de acordo com a finalidade a que se destinam. Assim
há: ponto de louvação - no início para louvação; ponto de visário ou
bizarria - para alegrar a dança; ponto de despedida - para o final do jongo;
ponto de demanda ou porfia - para desafio; ponto de gurumenta ou gromenta -
para briga; ponto ... - para magia. O ponto nem sempre é improvisado, há os
que correm mundo e são empregados em formas diversas. Quando o ponto
apresenta linguagem enigmática, deve ser desatado, isto é, deve ser
decifrado. Quando ninguém o consegue, diz-se que o ponto ficou amarrado.
Nesse caso, a cantoria só termina quando alguém o decifra, bate no tambu e
grita "cachoera". (em alguns lugares grita-se machado). O ponto pode ser
cantado, rezado ou gungurado, isto é, usando a técnica erudita da "boca
chiusa" - sussurro, murmúrio. Durante o jongo não há práticas fetichistas
nem movimentos convulsivos na dança, mas ela é aproveitada veladamente, em
ambientes mais tradicionais, para contatos sutis com a magia, que podem
resultar da essência da dança ou ser uma assimilação posterior.

Historia da dança- Hula

Para os havaianos a Hula ou Dança Havaiana é tanto uma celebração pela vida como um atestado de orgulho da identidade cultural. De acordo com a lenda, a Hula se originou quando Pele, a deusa havaiana do fogo, mandou sua irmã mais nova Hi’iaka dançar. As escolas iniciaram em honra a deusa da dança e templos foram dedicados a ela. Os dançarinos viviam nos templos sujeitos ao regime de árduo teeinamento e KAPU (proibições) apropriados a sagrada arte da hula.

A Hula foi o método pelo qual os havaianos passavam adiante as histórias e lendas de sua cultura para as próximas gerações. HULA KAHIKO ou Hula Antiga usa danças e cânticos para relatar orgulho e história, custumes, cerimônias e tradições do antigo Havaí e seu povo. HULA A’UANA ou Hula Moderna, é a dança com a qual a maioria das pessoas está familiarizada, que combina dança e música mais alegre, contagiante e espirituosa recontando a vida comtemporânea nas ilhas.

Historia da dança- Flamenca

O Flamenco compreende muito mais que um estilo, ou uma simples modalidade de dança. Seu significado envolve toda uma forma de expressão artística que reflete a cultura da Andaluzia (região sul da Espanha). Originada primeiramente nas ginaterias (bairros pobres ciganos), tornou-se uma arte popular tecnicamente elaborada e com grande expressão emocional, sendo passada de geração para geração pela família cigana, e que ao longo dos anos se difundiu a nível mundial transformando-se, provavelmente, na mais conhecida expressão da cultura espanhola.
O cante é a forma mais antiga do flamenco, com o passar do tempo, novos elementos e inovações (técnicas modernas) passaram a ser incorporado, extrapolando-se os limites do folclore, difundindo-se cada vez mais para um número crescente de adeptos.
A dança flamenca une muitas influências em sua técnica: dança moderna, contemporânea e balé clássico, tornando o Flamenco ainda mais rico, sendo considerado a arte mais completa, tanto corporal como musicalmente. Resultado da mescla de muitas culturas, porém, mais importante que sua história e suas técnicas, deve-se ressaltar que a Arte Flamenca é antes de tudo uma atitude, onde os sentimentos e emoções do interior da alma, são expressados e compartilhados através do prazer da música, do cante, do baile, do toque da guitarra espanhola e de seu elemento fundamental, o duende (alma ou sentimento flamenco).

Historia da dança- dança do ventre

esta linguagem gestual está associada aos rituais femininos de fertilidade, relacionados aos ciclos da lua e ao sangramento mensal das mulheres, consideradas o elo de ligação do mistério sagrado da vida e da morte. Alguns autores citam a origem desta dança entre 8.000 e 5.000 antes de Cristo. A dança do ventre acima de tudo, tinha um caráter religioso e ritualístico e embora atualmente tenha se perdido parte deste caráter, ainda permanece a essência, onde os movimentos estão ligados a uma série de símbolos como por exemplo o arquétipo da serpente. No antigo Egito a dança do ventre era praticada como forma de reverenciar os Deuses. Na Índia era praticada nos rituais tântricos. As árabes praticavam como entretenimento dos Sultões e em rituais de casamento e fertilidade. A África legou aos movimentos dos quadris uma enorme possibilidade de ritmos, sintonizados com a pulsação que emana da terra. Ainda assim, atuando onde estiver e recebendo a contribuição de várias culturas, o principal fio condutor da dança do ventre continua sendo a celebração da vida através do ventre, matriz do poder máximo da criação e microcosmo do corpo feminino maior, a Terra, nossa grande mãe, que nos alimenta e a partir da qual todos nós somos criados. Dentre tantos, um dos principais movimentos da dança do ventre é o belíssimo movimento da serpente, que pelo desprendimento cíclico de sua pele, símbolizava morte e renascimento em algumas antigas culturas.